Leia também: Dilma convoca líderes católicos; e nós evangélicos?
Responsável pela interlocução com
movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da
Presidência) disse nesta quarta-feira (3) que ainda não há data nem
representantes confirmados, mas que a agenda será definida no intuito de
continuar debatendo “o momento nacional”.
A reunião faz parte da estratégia do governo para dar uma resposta às manifestações que tomam conta das ruas em vários Estados.
Segundo o ministro, Dilma deverá receber
também, a partir de sexta-feira, movimentos organizados do campo, além
de ativistas da cultura digital, do movimento feminista, de grupos
ligados ao combate à desigualdade racial e de povos indígenas. Ele
afirmou também que ela receberá autores de “blogs populares”.
“Seria um ciclo novo que estamos abrindo,
além dos que já fizeram, sempre nessa perspectiva da importância de
ouvir a sociedade, as demandas, aquilo que as ruas manifestaram”,
disse. ”É um momento da presidenta ouvir diretamente questões,
sugestões, análises do movimento sobre o momento nacional e, claro,
apresentar as suas demandas, que, na medida do possível, serão tratadas
depois pelo governo”, completou o ministro.
Plebiscito
O ministro minimizou a decisão do PMDB de
enviar uma proposta à parte à base aliada sobre a proposta de
plebiscito que Dilma encaminhou nesta terça ao Congresso. ”O PMDB é o
nosso principal parceiro. Mais do que parceiro, faz parte do governo em
sua essência”, disse Carvalho, em referência ao vice-presidente Michel
Temer. “Agora, é natural que o partido, enquanto partido, tenha
liberdade de se expressar, se manifestar”.
“Nós confiamos no prosseguimento do
debate e na nossa capacidade de convencer os parlamentares da
conveniência do plebiscito”, afirmou. ”Quando você faz uma aliança
política, você faz uma aliança entre diferentes, e não entre iguais.
Então, bem vinda a divergência, bem vinda a diferença. O importante é
convergir para os pontos centrais”.
Leia também: Plebiscito para reforma política: novo golpe para desviar a atenção do povo; Pr. Silas comenta
Carvalho defendeu ainda o financiamento
público de campanha – pauta defendida tradicionalmente pelo PT, cujo
questionamento foi encampado na minuta encaminhada por Dilma ao
Legislativo. Segundo ele, “o atual sistema eleitoral é um sistema que
induz de alguma forma a uma dependência econômica e a um tipo de
corrupção”.
“Se é verdade que nós queremos acabar com
a corrupção, é importante que façamos uma reforma estrutural na
política, na forma de funcionamento da política e trabalhe primeiro o
financiamento público de campanha sem a proibição da contribuição
individual, pessoa física, e acabar com o financiamento para pessoa
jurídica, e que também trabalhe formas de participação da sociedade na
política”.
Fonte: Folha e verdade gospel
Nenhum comentário:
Postar um comentário